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ONG se une a pesquisadores e cria carroça elétrica para catadores com dificuldades de locomoção

Wellington Marcelino tem 23 anos e tira do lixo o seu sustento: ele recolhe materiais recicláveis pelas ruas da zona oeste de São Paulo. A paralisia cerebral que tem não permite que ele mexa o lado esquerdo do corpo, mas não o impede de trabalhar 12 horas por dia à procura de papelão, latas e jornais.


No vai e vem diário da labuta, ele usa uma bicicleta adaptada a uma carroça para transportar a carga. Para diminuir o desgaste de Wellington e outros catadores que têm doenças graves, pesquisadores do projeto Carroças do Futuro, da ONG Pimp my Carroça, desenvolveram e vão fornecer, com a ajuda de empresas, carroças e triciclos elétricos. Os veículos são equipados com um motor que pode ser abastecido numa tomada comum. Alcançam até 5 km/h. A gestora do Carroças do Futuro, Adriane Andrade dos Santos, contou à BBC que a ideia foi do artista plástico Mundano, conhecido por pintar nas carroças de catadores. "É cuidando da ferramenta de trabalho das pessoas que elas começaram a mudar. Começamos nosso projeto em 2019 em parceria com Instituto Clima e Sociedade. Estudaram iniciativas anteriores que buscavam colocar motores em carroças e nos reunimos com engenheiros elétricos, engenheiro mecânico, especialistas em energia solar, especialistas em gerenciamento de resíduos, estudantes e fizemos seis protótipos", explicou.

As melhores ideias foram levadas para o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que fez um convênio com a ONG para construir um projeto técnico. Depois de muitas conversas com os catadores, os técnicos chegaram à seguinte conclusão: o melhor para as grandes metrópoles seria a carroça elétrica e para as cidades litorâneas, o triciclo, porque o terreno é mais plano.

A carroça elétrica e o triciclo já estão em fase de testes em laboratório. Os dois modelos terão rastreador por satélite, um gerador de energia solar para carregar celular e caixinha de som via USB. Os veículos também terão farol dianteiro, pisca alerta, buzina, retrovisor e adesivos refletores. Wellington não vê a hora de receber a nova ferramenta de trabalho. "Quero muito mesmo. Vou trabalhar melhor", disse.


A gente também está ansioso por esse momento. Vai ser lindo! <3



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Foto: Arquivo Pessoal

 
 
 

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